(foto: carlos silva)
***
tempo de amor em cárcere de espera
Por mim não soprarão, ainda, as trombetas,
não será a torre viva mais que sonho,
não vão descer as linhas da memória,
mas no eco da saudade deixam donos
pegada longa de sangue e de metal.
Quero ter força de água,
som de vento,
sentir flor,
ternura de micélio
e livre falar de língua livre
por destrançar o fio que atou lume,
sem saber que o amor deita silêncio
nesta íntima união de pedra e tempo.
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iolanda aldrei
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