(foto: carlos silva)
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2 por 7: UM
SONETO
Leiria, noite
de quarta-feira, 27 de Julho de 2011
Quando ao porvir
anteponho as passadas vidas
que vivi já e
já passei,
nem sei que
diga, eu nem sei
quão negras são as
rosas rubras fenecidas.
Do ido, olvido não
faço, que o não quero:
esquecer, é
ser-s’apenas quem
de pai não
veio nem de mãe.
E eu vim e vou. Eu vim
e vou. Por isso, espero
do amanhã coisa
qualquer que a vida tenha
e manter queira
no viver.
E seja o que
tiver de ser:
que indo estou, vindo
que sou, como hei-d’ir.
Tal tudo vem, tal tudo
vai: tal mãe, tal pai.
Se
vou? Se vim? Rosa. Jardim.
*
daniel abrunheiro
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