(foto: carlos silva)
***
Tantos anos passados e ainda parece que sinto a aspereza daquele "nosso" banco. Não de uma forma física. Apenas o sinto se fechar os olhos.
Na verdade, a única aspereza que agora sinto verdadeiramente é a da tua ausência. Ainda costumo ir até àquele banco, sabes? Fico sentada horas e horas a contemplar o rio que agora corre tão lentamente. Fico sentada à espera que algo de anormal aconteça, mas até agora nada. E por momentos sinto-te ao meu lado, sinto-te a agarrar-me novamente na mão e a sussurrares-me ao ouvido que o futuro a nós pertence.
O rio mantém-se sereno. Quero acreditar que a tua alma também.
Se um dia precisares de mim, vem procurar-me ao "nosso" banco.
***
Marta da Costa
http://tohollywoodwithlove.blogspot.pt/
Sem comentários:
Enviar um comentário